Meme Gamer: O Que Você Jogou em 2022?

20 de fevereiro de 2023 1 comentário


O Gamer Caduco convidou a mim e outros blogueiros no Twitter para participar da série de posts de retrospectiva gamer que são organizados anualmente pelo blog MarvoxBrasil. Fico contente que ainda exista isso, mesmo que pareçam ser os únicos posts que ainda são escritos por lá. Saudades dos tempos dourados da blogosfera gamer brasileira… o tempo disponível e motivação já não são mais os mesmos, mas enquanto o WordPress não explodir ainda estaremos por aqui. A minha lista pode ser curta, mas certamente conheci alguns jogos marcantes em 2022:

Jikkyou Powerful Pro Yakyuu (Android)

A série Jikkyou Powerful Pro Yakyuu, também chamada de “Live Powerful Pro Baseball” ou simplesmente “Power Pros” tem sido a galinha dos ovos de ouro da Konami no Japão desde os anos 90 apesar de ser ignorada no resto do planeta, com apenas uns dois títulos baseados na liga americana de Beisebol lançados pela empresa em inglês. Claro que a Konami tem uma versão portátil com online forçado e cheia de aspectos caça-níqueis, mas ainda assim ela rende muita diversão.

Eu tenho um grande fascínio por essa série desde alguns anos por vários motivos, como vocês podem ter notado pelo Cosmic Boll ou os meus posts no Twitter, e tenho jogado esta versão portátil por quase um ano já, acompanhando os updates pelo site APK Pure já que o jogo tem trava de região na Google Play.

A jogabilidade é bem fácil de entender apesar da barreira de linguagem, com controles de toque tão simples que fica difícil voltar a jogar os demais títulos da série. Embora partidas de beisebol costumem ser bem longas, há funções turbo e o jogo geralmente dá ao jogador apenas o controle de alguns lances no papel de batedor ou arremessador.

O barato da série como um todo é que para construir uma equipe é preciso passar várias vezes pelo modo Sucesso, um “dating sim” onde escolhemos um grupo de personagens adquiridos pelo gacha para desempenhar certas funções numa historinha e interagimos com eles durante o treinamento para produzir o personagem mais habilidoso possível.

O jogo tem um monte de histórias disponíveis, incluindo crossovers com mangás de beisebol como Major e Diamond no Ace ou até o Hokuto no Ken. Cada uma possui um sistema particular para desenvolver o personagem, incluindo um na história “Dungeon Highschool” que é um modo RPG com lutas em turno.

Além disso há um punhado de minigames multiplayer e modos temporários como campeonatos e dois em particular que eu achei os mais divertidos do jogo todo: um onde rebatemos uma bola atrás da outra para tirar HP do adversário antes do tempo acabar e outro onde sacrificamos personagens para explorar calabouços aleatórios no estilo roguelike. Este último, pelo que entendi, só aparece uma vez por ano no Halloween.

Há pouco tempo foi lançado quase que do nada o WBSC eBaseball Power Pros em parceria com a World Baseball Softball Confederation. É só o modo simulador de beisebol com pouca personalização e foco em multiplayer online, mas por um preço camarada e sem microtransações. Espero que faça sucesso o bastante para a Konami se dar ao trabalho de voltar a lançar jogos completos da série no ocidente. Se eu tivesse grana pra ter um Nintendo Switch certamente já tinha comprado.

Grand Summoners

Outro jogo caça-níquel de smartphone, um RPG que eu conheci quando fiquei sabendo que ia ter crossover do Kill la Kill com a personagem que era minha segunda menina-favorita-de-anime em 2013-2014, a Nui Harime, como quarta personagem introduzida após a Ryuko, a Satsuki e a Mako. O que se seguiu foi eu passando meio mês jogando sem parar até conseguir uns 1500 cristais no próprio jogo, sem malditas microtransações (que custam demais em reais pra sequer pensar nelas), para destravar essa boneca alienígena boboca. Ainda acabei tirando a Ryuko duas vezes na roleta só por ironia.

Em Grand Summoners, podemos colocar 4 personagens na equipe e equipar cada um com três items. Lógico que só as coisas 5 estrelas tem valor e há muita sorte no caça-níquel e grinding envolvido nisso. Nas batalhas eles atacarão automaticamente e fica por nossa conta automatizar também os equipamentos e os golpes especiais. Dependendo da situação é preciso usar estratégias e ativar items nos momentos apropriados, mas dá pra deixar o jogo rodando sozinho na maioria das fases do modo história. Foi engraçado desvendar as manhas do jogo só pra deixar ele rodando sozinho e sem acompanhar uma cena sequer da história! Jogos modernos não são maravilhosos?

Way of the Passive Fist

Jogo indie de beat ‘em up onde devemos bloquear e esquivar dos ataques dos inimigos até eles se cansarem e dar um tapão neles para nocauteá-los. É incrivelmente divertido aprender o ritmo de cada inimigo e ir acumulando combos. Vez ou outra ele aparece por preço de banana nas promoções da Steam e todo mundo deveria comprá-lo.

Word-O

O Wordle foi um passatempo popular em 2022 onde tentamos descobrir uma palavra a partir de certas dicas. Houveram muitos ports e clones dele até a febre passar, como este que roda no Game Boy.

Rebound

Curioso joguinho automático onde em cada rodada é preciso aumentar os atributos de ataque e defesa de uma bolinha para que ela desça o mais fundo possível enquanto quica nos inimigos. O Gagá me lembrou do jogo ao colocar ele em sua lista.

Sonic Speed Simulator

Jogo oficial do Sonic no Roblox onde acumulamos pontos para ganhar velocidade até chegar no limite e aí repetimos o processo com limites maiores. É simplesmente um sandbox pra brincar de correr e ir repetindo o cíclo de gameplay o mais rápido possível. Não joguei mais depois de postar sobre ele no blogue, mas dizem que trocaram toda a equipe de produção e só foi feita besteira nele após isso.

Kurohige no Golf Shiyouyo

Jogo de golfe do boneco pirata de barril. Tem bastante conteúdo e é bem competente, com gráficos 3D impressionantes para os padrões do GBA.

Freedom Planet 2

Freedom Planet 2 foi O videogame de 2022. Fizeram uma continuação com o dobro de tamanho do original e compensaram a longa espera com jogabilidade, fases e chefes absolutamente deslumbrantes. Só a trilha sonora que eu achei menos memorável que a anterior. Pra quem gosta de Sonic 2D, vale muito a pena jogar.

ROBO OH

Só consegui derrotar o chefe final secreto apelão com o próprio chefe final secreto apelão…

Um jogo indie de luta que também é vendido a preço de banana apesar de sua alta qualidade. Tem gráficos 8-bit e uma jogabilidade relativamente simples onde a barra de especial pode ser usada tanto num super ataque quanto num modo que permite extender combos. Ele teve várias parcerias com o Uchu Mega Fight e isso continuará com a participação do Uchuzine na equipe de desenvolvimento para a continuação SUPER ROBO OH.

Elemental Warrior

O último jogo que lembro de ter jogado em 2022, após descobrir ele por acaso no site Vector.co.jp. É um platformer de alta velocidade onde um homem das cavernas enfrenta robôs liderados por um alienígena. Dá pra jogar como um jogo de ação qualquer, mas ao entender de verdade a jogabilidade e memorizar as fases é possível correr alucinadamente pelas paredes e o teto para completar cada fase em menos de um minuto. Infelizmente são apenas três fases e um chefe, sendo que é preciso completar o jogo todo em menos de 3 minutos (!) ou acumular 15 ou mais vidas para ver o final bom. É bem divertido e semelhante ao Pizza Tower que está em alta atualmente. Podem baixar pois vão gostar.

Lista de blogueiros que participaram do meme:
✅ [Blog] Arquivos do Woo => Geovane Sancini
✅ [Blog] Arquivos do Woo => Tony Horo
✅ [Blog] Gamer Caduco => Cadu
✅ [Insta] @MarvoxBrasil => Marvox
✅ [Insta] Universo Retrogamer => Marcão
✅ [Blog] Vão Jogar => Tchulanguero
✅ [Blog] Videogames com Cerveja => Felipe B. Barbosa
✅ [Insta] @vgscomcerveja => Felipe B. Barbosa
✅ [Insta] @vigiabr => Rodrigo Bochi Motta

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Preview de 1 hora de Mega Man X: Corrupted

2 de janeiro de 2023 Deixe um comentário


O Mega Man X: Corrupted é um fangame da JKB Games que está em produção há mais de uns dez anos, passando de um projeto em Flash para HTML5 quando Adobe encerrou a clássica plataforma de jogos e animações. Para comemorar 2023, os desenvolvedores postaram no Youtube uma hora de jogatina onde podemos ver a fase prólogo do X, duas fases de Mavericks e os caminhos de exploração que interligam cada fase como na série Mega Man ZX.

Corrupted parece um elo perdido entre os Mega Man X de SNES e PSX, onde o X e o Zero terão acessso a todo um monte de poderes e upgrades incluindo level ups conforme destroem inimigos. Lendo sobre o projeto, me empolgou um conceito que foi muito pouco usado nos jogos oficiais: o mundo do jogo muda conforme o X derrota cada um dos 8 Mavericks. Os quatro vilões que restarem terão alcançado seus objetivos e então o jogador terá que lidar com certas dificuldades como inimigos que soltam powerups negativos, mais áreas de escuridão ou até mini chefes fortalecidos.

Ainda é difícil saber quando que o fangame será lançado, mas tem tudo para ser um sucesso quando isso acontecer.

(Review – PC) Useless Box: The Game

2 de janeiro de 2023 Deixe um comentário


Passou o 13º aniversário do The Twosday Code, o meu de 31 anos e até mesmo 2022 e o blog parado espatifado no bar, entregue as bebidas. Por sorte, num sorteio de Twitter eu acabei de ganhar o Useless Box: The Game do Vigorous Apathy e é um negócio bem simples. Deixem-me tirar a poeira do blogue com ele.

A versão mais conhecida da “máquina inútil” foi inventada por Marvin Minsky em 1952 e consiste numa caixa onde um disjuntor ativa um dispositívo que abre a tampa e empurra o disjuntor de volta. O mito de Sísifo em verão portátil. Este jogo é uma simulação do brinquedo: tem uma caixa num ambiente 3D, você clica, ela desclica e pronto.

Claro, há alguns atrativos que temperam o joguinho. Narradores discutem entre si conforme clicamos e aparecem novas opções cosméticas para a caixa ou o fundo do cenário. Também há uma seleção de músicas de domínio público que vão aparecendo após certas metas. Entre as piadinhas sobre a progressão do jogo e a sua produção, os narradores contam uma história de fantasia sobre um aventureiro chamado “Quest” e… eu mal tava prestando atenção em várias partes dela hahaha ha.

Após cerca de 3600 cliques, os narradores enfim se despedem e confeti começa a cair infinitamente sobre a caixa. Ainda assim, a tela de créditos afirma que a jogatina está apenas 13% completa. Aparentemente, as metas após o enredo acabar são aleatórias. Se eu quiser, posso continuar destravando bagulhetes sem mais nada acontecendo até acabar acabado mesmo.

Se recomendo? Useless Box é simplesmente um brinquedo bem polido que cumpre com o que promete, embora seja o tipo de coisa que eu mesmo não compraria se não tivesse recebido de graça. Algo provavelmente lançado por diversão e sem expectativas de lucro, como a gente que ainda escreve blogue para as paredes em 2022… 23.

É de certa forma relaxante ir clicando o botão e ver a animação da caixa bugando de vez em quando enquanto se acompanha o diálogo entre os narradores. Quem sabe, também pode agradar vocês. Comprem enquanto tá em promoção ou esperem até o próximo Natal para ter a chance de ganhar de graça pelo Twitter do autor como eu ganhei!

(Indie) Raindrop Sprinters

12 de novembro de 2022 Deixe um comentário


Foi anunciado como parte da exposição Digital Games 2022 no Japão, que está acontecendo agora neste fim de semana, o Raindrop Sprinters: Battle of Connecting Hallway do Shuhei Miyazawa.

É uma espécie de remake ou continuação do Raindrop que lançado no final de 2020 e sobre o qual eu escrevi aqui no blog na época, inclusive vencendo uma partida antes mesmo do próprio criador.

Em Raindrop o objetivo é correr até a porta no lado direito da tela repetidamente enquanto desvia das gotas de chuva. É possível ganhar pontos bônus ao cumprir tarefas secretas e no fim, quando a velocidade da chuva chega ao máximo, é preciso dar 5 voltas na tela para vencer a partida.

Sprinters vem com três modos novos de acordo com as fotos postadas pelo autor. Um deles permite adicionar obstáculos na tela para ganhar pontos extras ou sacrificar pontos em troca de um guarda chuva para o protagonista ou uma tenda no meio da tela.

Uma data de lançamento para depois da exposição na Digigame 2022 ainda não foi anunciada. Enquanto isso, podem ficar com o original que é um joguinho freeware e viciante.

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(Indie) Demo de Benbo Quest II: BenboWARS

15 de setembro de 2022 Deixe um comentário


Dia desses o Thumbtack lançou a demo da continuação do Super Benbo Quest na Itch.io. Pra quem não conhece, o original é um jogo de ação com humor sem noção sobre uma menina animé enfrentando esqueletos. Jogabilidade ágil, chefes bacanas, visuais e cutscenes completamente zoados. A continuação tem literalmente o mesmo enredo, aparentemente ao ponto de ignorar os acontecimentos do original, e em questão de jogabilidade agora é possível dar Shoryuken e combinar com o Rider Kick para massacrar os inimigos.

A demo vai até um trecho da segunda fase e é bem divertida. Joguem que vocês vão gostar. O primeiro também é barato e interessante mesmo debaixo de tanta palhaçada. Inclusive devo um review aqui no blogue. Pena que o autor da série, um gênio incompreendido do marketing, inventou de ser banido da Steam ao colocar “Team Fortress 3” como o título da página do jogo na loja há um tempão atrás. Na Itch.io, gente de terceiro mundo precisa de cartão internacional pra comprar joguinhos…

SAGE 2022, post 3

8 de setembro de 2022 1 comentário

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Louny Balloony

O Balloon Fight de NES, só que melhor. Temos dois recursos para tomar conta: os balões e uma quantidade acumulável de penas. Sem um ou outro o protagonista não voa e logo se espatifa no fundo da tela. Ele é bem lento mas pode gastar penas para se impulsionar ou usar uma arrancada invencível. Esse movimento é necessário em certas partes mas é difícil de controlar em locais estreitos, não pode ser cancelado e gasta quase todas as penas.

As fases são todas auto-scroller, bem compridas e com direito a mini-fases secretas com desafios mais complicados. Não faltam vilões e obstáculos no caminho do protagonista, que tentam de literalmente tudo para derrubá-lo do céu.

Só achei irônico que apesar do criador ter colocado um tutorial no jogo e botar um aviso na segunda fase de que é possível voar só segurando o botão de pulo, a função de segurar a seta pra baixo para descer rápido e abrir baús não é explicada diretamente e me confundiu por alguns minutos… Um momento de jornalista gamer aqui no blogue.

Prototype N

Mais uma demo do Prototype N com a Nadine enfrentando uma rebelião de robôs do mal enquanto procura por seu criador. Tem sete fases aqui com uma boa jogabilidade no estilo Mega Man. Dá pra atacar inimigos com o escorregão e pular mais longe com ele. Há várias armas que podem ser equipadas e usadas para resolver quebra-cabeças que escondem DataChips que atualmente não tem uma função além do prazer de encontrar segredinhos nas fases.

O level design é bem legal, com boa variedade de obstáculos e bugigangas. Também não é muito difícil e as vidas são infinitas. A única punição ao morrer é voltar ao último checkpoint com a pontuação zerada. Certamente será um ótimo jogo quando for lançado.

Stellanova

Shoot ‘em up do criador do Teabat que tenho acompanhado no Twitter faz um tempo. É um jogo extremamente vistoso, com pixel art impecável e mil-e-um efeitos especiais de parallax e zoom nos sprites para dar um efeito de profundidade nos cenários. Às vezes meu laptop nem aguenta direito…

Começamos com um tiro rápido e um tiro carregado. Ambos podem ser mirados para frente ou para trás, sendo que segurar ambos os botões divide o poder de fogo entre as duas direções. Quanto mais combos marcar, mais rápido enche a barrinha de experiência que empodera a arma equipada. E tem propulsão também, que serve pra se esquivar e destruir certos obstáculos.

A dificuldade é elevada, com inimigos velozes e uma grande verticalidade nos cenários. Se perder as três vidas volta pro começo do ato com as armas zeradas. Eu cheguei na fase 1-2 mas infelizmente acabei parando por causa da limitação do meu teclado que mencionei no passado, pois não há uma opção de configurar os controles. De qualquer forma, recomendo muito pra quem curte jogos de navinha.

Badnik Quarrel

Este é um “party game” do brasileiro PVic onde usamos os robôs do Dr. Eggman para lutar contra outros jogadores online. Entre as batalhas e diversos minigames entre elas, podemos juntar pontos para fazer upgrades nos personagens equipados ou destravar uma nova categoria de badniks mais poderosos. Infelizmente eu nunca joguei de fato isto aqui porque nunca tem gente quando eu rodo ele e ninguém aparece quando eu mesmo inicio uma sessão! Ainda por cima, o jogo usa serviços online do Game Maker que serão encerrados em 2023.

Sonic McOrigins

Uma virtualização daqueles minigames LCD que foram brinde do McLanche Feliz há sei lá quantos anos. Eu tinha o do Sonic andando de skate no half-pipe de Sonic 2…

O projeto contém a maioria dos joguinhos exceto por Amy & Rouge Volleyball, Shadow Hockey e Shadow Basketball, que ainda estão fora do alcance do autor Difegue. Há fotos frente-e-verso de cada minigame e também um scan de cada manual que veio com eles. Também é um exemplo de projeto na feira que tem ports para Linux e Mac disponíveis.

(Próximo post)